Conselho Municipal de Saúde de Petrópolis realiza inspeção no HMNSE


Membros do Conselho Municipal de Saúde estiveram na manhã de ontem verificando as denúncias de falta de médicos no Hospital Nelson de Sá Earp. Durante todo o último fim de semana, quem procurou a unidade de saúde ficou mais uma vez sem atendimento. Apenas um pediatra, um ortopedista e um psiquiatra estavam de plantão ontem. De acordo com a presidente do conselho, Maria Auxiliadora Pires Ribeiro, o quadro estava incompleto e faltavam quatro clínicos gerais na unidade. “No sábado estive aqui e constatei que já não havia médicos. Todo o fim de semana foi assim. As pessoas estão sendo encaminhadas para outras unidades de saúde como o Alcides Carneiro e o PS do Alto da Serra”, informou a conselheira.
Muriel Moraes, moradora do Bonfim, estava indignada com a situação do hospital. Com dores no pé esquerdo, devido a uma inflamação, ela não foi atendida e teve que procurar outra unidade hospitalar. “Antes de vir pra cá fui ao Alcides Carneiro, mas a fila estava enorme. Estou com muita dor e resolvi procurar atendimento em outro lugar. Quando cheguei aqui, me disseram que não tinha médico. Vou ter que voltar ao HAC e enfrentar horas de espera”, lamentou. Na mesma situação estava a aposentada Sônia Maria de Lima. Sentindo fortes dores no ombro esquerdo, decorrentes de uma bursite, ela teve que voltar para casa sem ser atendida. “Estou com muita dor, não sei o que vou fazer. Me disseram pra ir ao Alcides Carneiro que lá tem médico. É um absurdo, ficam mandando a gente de um lado para o outro. É humilhante”, contou.
A constante falta de profissionais, principalmente de clínico geral, está sobrecarregando as outras unidades do município – Alcides Carneiro e Pronto Socorro do Alto da Serra. Apesar desses hospitais estarem com o quadro de médicos completo, é grande a quantidade de pacientes e a espera é longa, em média três horas para ser atendido. A demora no atendimento gera muita revolta entre os populares. A conselheira conta que no último sábado um funcionário do Pronto Socorro do Alto da Serra quase foi agredido por familiares de um paciente. “Foi uma confusão. As pessoas querem ser atendidas. A situação é de caos total”, disse.
Em dezembro do ano passado, o Conselho Municipal de Saúde esteve no HMNSE e, de acordo com Maria Auxiliadora, a situação continua a mesma. Ela conta que um relatório foi feito e entregue à Secretaria Municipal de Saúde, mas nenhuma providência foi tomada. “Estamos de volta e vimos os mesmos problemas. Faltam médicos e equipamentos. É preciso que os órgãos competentes tomem providências. Vamos mobilizar a sociedade e tentar mudar este quadro”, informou. Após a visita, os conselheiros pleitearam uma reunião com a diretoria do hospital, mas não foram recebidos. A presidente do conselho disse que um encontro foi agendado para hoje, às 14h30, mas o local não foi divulgado.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou, através da assessoria de comunicação da PMP, que no fim de semana a emergência do Hospital Municipal Dr. Nelson Sá Earp (HMNSE) contava com médico ortopedista, psiquiatra e dentista, além do médico do Centro de Tratamento Intensivo (CTI). A Secretaria de Saúde esclareceu que ninguém ficou sem atendimento, pois todos os pacientes que chegavam ao HMNSE foram encaminhados para o Pronto Socorro do Alto da Serra e para o Hospital Alcides Carneiro. De acordo com a secretária de Saúde, Aparecida Barbosa, o edital de convocação dos médicos ainda está aberto e os médicos que se inscreveram já estão sendo chamados.
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