PREVENÇÃO É A MELHOR FORMA DE EVITAR AS HEPATITES VIRAIS

O fígado é responsável por cerca de 500 funções diferentes no organismo humano. Ele produz uma variedade de proteínas, sintetiza o colesterol, produz a bile e filtra as toxinas do sangue. Por esse motivo é tão importante adotar medidas de prevenção para as hepatites (inflamação do fígado), além de realizar o exame, uma vez que essa doença, na maioria das vezes, não apresenta sintomas. Segundo a coordenadora de DST/AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fernanda Junqueira, “as principais medidas de proteção são evitar o contato direto com o sangue; usar preservativos em todas as relações sexuais; não compartilhar materiais como seringas, escovas de dente, agulhas, barbeadores, navalhas, lâminas de barbear, canudos e cachimbos para o uso de drogas. Quanto aos materiais de tatuagens, piercings e manicure, eles devem ser esterilizados após o uso ou utilizados individualmente”, explicou.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B, C e D. O vírus A apresenta apenas a forma aguda da hepatite (não possui potencial para formas crônicas). Isso quer dizer que, após uma hepatite A, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus do seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses. De acordo com Fernanda, o diagnóstico e o tratamento precoce das hepatites podem evitar sua evolução para uma cirrose ou câncer de fígado. “Embora a maioria dos portadores de hepatites não saiba que tenha a doença, estão transmitindo-a a outras pessoas. Em alguns casos, as hepatites podem apresentar sintomas como cansaço, falta de apetites, enjoo, vômito, urina escura, pele e olhos amarelados (icterícia) e fezes esbranquiçadas. Por isso é importante realizar a prevenção e o diagnóstico precoce”, pontuou.
Vacinação
Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente a vacina contra a hepatite B para as pessoas de zero a 29 anos, e das que se enquadram nos grupos considerados prioritários: profissionais do sexo, profissional de saúde, caminhoneiros, profissionais de beleza, grávidas, bombeiros, policiais, entre outros. “A imunização é realizada em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira, a segunda e a terceira dose. Já os recém-nascidos devem receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida, dentro da maternidade. Se a gestante tiver hepatite B, o bebê deverá tomar, além da vacina, a imunoglobulina contra a hepatite B nas primeiras 12 horas após o parto, para evitar a transmissão de mãe para filho. Caso não tenha sido possível iniciar o esquema vacinal na unidade neonatal, recomenda-se a vacinação na primeira visita à unidade pública de saúde”, completa a Coordenadora de Imunização da SES, Tânia Brant
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