Evento discute DSTs, Aids e hepatites no Nordeste

Encontro tem como objetivo discutir as políticas para o setor com representantes dos estados, municípios e sociedade civil.
 
A ampliação do tratamento da Aids, o quadro local das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e das hepatites virais e a situação destas doenças na região Nordeste são os principais assuntos debatidos em evento realizado pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, em Fortaleza (CE). Este é o quinto fórum regional realizado no País para discutir as políticas do setor com representantes dos estados, municípios e sociedade civil. Participam deste evento, representantes do Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, além do Ceará.

Já foram realizadas reuniões em Curitiba (PR); em Belém (PA); em Goiânia (GO) e em Belo Horizonte (MG). Além de Fortaleza, a cidade de Aracaju (SE) vai sediar a segunda etapa da Região Nordeste, prevista para abril, com representantes da Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Sergipe.
Durante a abertura do evento, nesta quarta-feira (26), o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, destacou a importância destes encontros para debater ações, levando em conta as realidades regionais.  "Os fóruns têm nos fornecido informações privilegiadas sobre os problemas de cada região, com estas doenças. Nestes encontros temos a oportunidade de olhar os problemas com dimensão local", assegurou o diretor.
O evento reúne pesquisadores, representantes de movimentos populares e integrantes das secretarias municipais e estaduais de saúde dos estados da região. Durante esta quarta e quinta-feira, serão debatidos temas referentes à Aids, como o novo protocolo de tratamento clínico de adultos, lançado no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, no final do ano passado. O documento estende o uso de antirretrovirais aos adultos com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do sistema imunológico. Os pacientes terão acesso aos medicamentos em todo o Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença. “Com estes encontros promovemos a abertura ao diálogo democrático com todos aqueles que participam do enfrentamento às DST, Aids e hepatites virais no País” afirma o diretor.
Também serão discutidas, durante o evento, as estratégias para intervenção entre populações vulneráveis (homens que fazem sexo com homens – HSH, gays, profissionais do sexo, travestis, mulheres transexuais, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade e pessoas em situação de rua) e a construção da agenda de trabalho com as ações a serem desenvolvidas de forma integrada à atenção básica.
Hepatites 
Ações com a atenção básica para a ampliação de acesso ao diagnóstico e aos insumos de prevenção às hepatites virais também serão debatidas durante o fórum. Serão traçadas, ainda, estratégias para simplificar o acesso ao tratamento das hepatites B e C, assim como o manejo das pessoas coinfectadas com HIV e Aids, além de medidas visando a ampliação da prevenção, testagem e oferta da vacina da hepatite B entre populações vulneráveis.
Na página do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, estão disponibilizados materiais que subsidiarão o fórum, como vídeo de apresentação da situação atual da epidemia DST/Aids e das hepatites virais e as prioridades do Departamento, materiais de referência e um instrumento com os principais pontos a serem discutidos presencialmente. Para mais informações: fcp2013@aids.gov.br.
Dados regionais
Desde o surgimento da epidemia, em 1980, a região Nordeste registrou 95.516 casos de Aids (13,9% do total de casos do Brasil - 686.478 -  no mesmo período. De acordo com o Boletim Epidemiológico de 2013, a região teve 7.971 casos em 2012 (no Brasil, 39.185 da doença foram notificados no mesmo ano). Quanto à taxa de detecção, o Nordeste apresentou, em 2012, 14,8 casos a cada 100 mil habitantes. A taxa nacional é de 20,2. Em 2012, o estado do Ceará registrou 1.211 casos de Aids; Maranhão (1.118); Piauí (457); Rio Grande do Norte (407). Os dados são do Boletim Epidemiológico HIV/Aids, publicado em dezembro de 2013.
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